sábado, 10 de março de 2012

Medabots

Produção: NAS, Bee Train, Trans -Arts
Episódios: 91 p/ tv (2 fases)
Criação: Rin Horuma, Medarot Company
Exibição no Japão: TV Tokyo (02/07/1999 – 30/03/2001)
Exibição no Brasil: Fox Kids/Jetix – Rede Globo
Distribuição: Fox Films
Mangá: Comic Bombom
Disponível em: DVD e VHS

Última Atualização: 11/01/2008

Que Pokémon revolucionou (e praticamente criou) o conceito de “bichinhos fofinhos a serviço de seu dono” você já sabe. Que Pokémon abriu as portas para muitos japas lucrarem em cima da mesma fórmula você também já sabe. E em meio a tantas produções que sumiram da mesma forma que surgiram, algumas se destacaram por alguma razão que ninguém sabe explicar. E uma dessas produções que pode ser considerar um tanto bem sucedida é Madabots.
Pokémon blindado :P
Tendo origem em um jogo de computador feito pela empresa Ingineer em 1997 entitulado “Medarot”, a versão anime do game viria a pintar na TV Tokyo somente dois anos depois, sob encomenda do canal à produtora NAS. Com isso, o joguin até que ficou mais famosinho – especialmente depois de ganhar uma versão para Game Boy (uhn… O concorrente do Pikachu disputava no mesmo gramado!).
Animado nos estúdios Bee Train (de Noir), foram feitos 52 episódios com uma animação aparentemente envelhecida e um design à primeira vista tosco. Tais características acabaram conferindo um certo “charme” à produção – que na verdade, além de cópia de Pokémon, pode ser vista como uma sátira às demais produções japonesas do gênero. O sucesso deu fôlego para uma continuação, que perdeu muita parte do brilho da série original (isso existiu? XD) intitulada “Medarot Damashii”, feita nos estúdios da Trans-Arts (que animou Bucky.) Essa segunda fase teve uma animação mais moderna, porém diversos elementos importantes da fase anterior acabaram sendo perdidos, dando um fim com chave de latão à produção.
A série continuou gerando jogos para o Game Boy e Game Boy Advanced (onde tinha duas versões: a versão Metabee e a versão Rokusho. Hum… Isso te lembra alguma coisa?). A direção do anime ficou a cargo de Tensai Okamura, diretor de séries de sucesso como Wolf’s Rain. Tadim… Deve querer apagar esse passado obscuro de todo jeito XD.
Renomeado no ocidente de Medabots (até que melhorou a sonoridade, né?), o desenho conseguiu a mesma repercussão de sua terra natal, graças a um bom plano de marketing desenvolvido para que a série desse certo no ocidente. A versão que chegou aqui foi “adaptada” pela canadense Nelvana, responsável pela nossa versão bizarra de Beyblade… Bem, está preparado? Então…
…Senta que lá vem a história!
Estamos no ano de 2122 (onde não mudou muita coisa tecnologicamente, além dos robôs e cadernos escolares eletrônicos… Pera, isso já existe =P) e a maior mania entre crianças e até adultos são os Medabots, desenvolvidos pelo cientista Dr. Aki. Os Medabots são pequenos robôs que possuem como função ajudar a realizar as tarefas pesadas para os humanos e, principalmente, travar Cyberlutas alucinantes (as propagandas da Fox Kids às vezes extrapolavam :P), organizando campeonatos que valem pontos para a classificação para o Torneio Mundial (a “liga”… Tinha que ter uma, né?). Cada disputa ordena que o perdedor forneça uma meda-peça (alguma parte do Medabot) para o ganhador que poderá incrementar seu robô.
Para mestrar as lutas há sempre o Sr. Juiz, uma figura que aparece do nada, sem mais nem menos, sempre com um apetrecho diferente, mantendo o bom humor da série.
Mas tudo estaria normal se não fosse a trágica situação de nosso amiguinho Ikki Tenryou. O pobre garoto é o único de sua escola a não possuir um Medabot. Mas sua vida muda totalmente quando caminhando perto de um rio, ele avista uma medalha rara (a medalha é a alma do robô, que define seu temperamento e atitude e as raras fornecem um poder especial nomeado “medaforça”) do tipo Besouro (Kabuto).
O moleque corre para averiguar suas economias e vai direto para a loja onde trabalha seu amigo Henry ver se consegue algo. Com seu pouco dinheiro, o menino só consegue comprar um antigo modelo KBT que ficava pegando poeira no estabelecimento e que a princípio se mostra bem agressivo pro seu novo dono (lembraram do Pikachu?). A ele o garoto dá o nome de Metabee e logo de cara vai ajudar sua amiga fotógrafa/repórter Érika que estava em apuros nas mãos da gangue Os Roqueiros.
Em sua estrada para se tornar um mestre po… digo, digo… um grande medalutador, Ikki terá em seu caminho o rival riquinho metido, Koji Karakuchi que disputa também o amor da pequena ruivinha Karen. Ah… Também há ninguém menos do que melhor medalutador do país: o Medalutador Espacial X, que por sinal também é o temido ladrão Fantasma Renegado (uma cópia estranha do Tuxedo Mask da Sailor Moon XD). Numa incrível coincidência (daquelas que ninguém no anime percebe x_x) ambos são o lojista Henry!
No caminho do pirralho, existe ainda a Gangue dos Malucos, que é composta pelos perebas Samantha, Spyke e Sloan. E como não poderia deixar de faltar, a “Equipe Rocket” do bagulho: a Gangue dos Robôs de Borracha (que tem até uma cópia estranha do Koenma de chupeta X_x) lideradas por um velhinho anão – o tenebroso Sr. Meda-Malvado (céus…) – interessado em medalhas raras e que possui um gato com aquele capacete virtual que os VR Trooppers usavam pra ver cenas do Spielvan e Metalder no laboratório daquele padre que ficava dentro da televisão ò_ó.
Mais tarde, ainda surge um pentelho grudento chamado Rintaro (que possui um penteado espetado nas cores preto e vermelho e um curativo na testa da mesma forma que o Mondo, de Mon Colle Knights – outra cópia Pokémon :P), fã de modelos KBT, que passa a seguir Ikki e Metabee. Ainda existe um “Mewtwo” na série: o medabot Rokusho que segue as lutas sem a orientação de um medalutador junto de seu papagaio e uma manta encardida de mendigo XD.
Cortando o papo e indo direto pro final, temos uma das coisas mais bizarras do bagulho, numa batalha “a la tokusatsu” entre o robô gigante do Sr. Meda-Malvado contra o Metabee gigante. E tem até espaço pra uma surpresa bizarra no final: o gato era o verdadeiro vilão da história @_@.
Não acabou não! Está só começando…
Após as reviravoltas da primeira metade da série, o Medalutador Espacial X, Koji e Ikki (os 3 melhores medalutadores do Japão) se veem preparados para o grande Torneio Mundial de Cyberlutas. Tal torneio não era realizado há 8 anos e o último ficou marcado por um evento conhecido como “Os 10 dias de escuridão”. Naquele tempo, o medabot do japonês Hikaru Agata entrou em parafuso devido a grande concentração de poder, junto de todos os outros, provocando um verdadeiro caos no mundo.
A culpa de tudo foi posta em cima de Hikaru e todos os dados sobre o acontecimento foram limados da história. O keniano Victor teve a sua pobre aldeia devastada por medabots, o que fez o cara crescer com total ódio dos robôzins. Tratando os robôs como meras armas de combate, Victor cresce com sua frieza tornando-se o maior medalutador do mundo. Só que o que os nossos heróis não sabem é que o novo torneio está sendo organizado pela Gangue dos Robôs de Borracha e o Sr. Meda-Malvado, que contratam Victor para que ganhe todas as batalhas. Por que isso? Simples, as regras impostas pelos organizadores ordenam que cada perdedor entregue a sua medalha pra o vencedor. Tendo Victor vencido as batalhas, as medalhas vão direto para o velhinho perturbado.
Chegado o dia do início dos jogos, os japoneses demonstram-se desesperados com o sumiço do Medalutador Espacial X. Acontece que Henry está trabalhando de vendedor no campeonato, não podendo vestir a fantasia do mascarado. Em consequência disso, a cada nova luta é chamado alguém próximo de Koji e Ikki a vestir o traje e se passar por Medalutador Espacial X. E ninguém percebe? Exatamente… Em meio às lutas, alguns fatos dos acontecimentos de 8 anos atrás acabam vindo a tona e descobre-se que Henry tem ainda mais identidades!
De forma bastante previsível, as batalhas se seguem e no final Metabee e Warbandit (o medabot do cara do Kenya) restam para o clímax final da série. O final é bem louco com direito a Medabots ensandecidos e um mecha bebê gigante querendo acabar com a Terra, lutando contra um Metabee que dá uma de Ultraman Tiga (@_@) pra vencer a última batalha. E em meio aos destroços do que restou da cidade (e após um acontecimento sem lógica envolvendo o Sr. Meda-Malvado e até um E.T @_@) a paz passa a surgir. Fim? Pior que não…
Medabots Spirits – a decepção
Logo de cara, o maior pecado da última fase de Medabots (Medarot Damashii no Japão) é o sumiço do sr. Juiz. As lutas perdem o sentido (e olha que já nem possuíam muito) e a graça na ausência do cômico personagem, o que faz com que você não suporte o programa. Henry e todas as suas demais identidades também foram pro espaço. Somem também: Karen, Koji, o vendedor de pintinhos (outra figura indispensável na fase anterior, falando seus conselhos profundos em troca da compra de uma de suas aves @_@), além do Rokusho e seu papagaio.
Uma empresa concorrente dos Medabots, cria os Kilobots, robôs malignos que não possuem nada além de força. A empresa põe como teste o garoto Kan, que fará de tudo para mostrar ao povo que os Kilobots são muito superiores, fazendo as pessoas abandonarem os Medabots. Mas o pentelho Ikki e seu Metabee (que ganha uma nova armadura “transformer” que pode virar… Um fabuloso “carrinho metabee”! Olha o brinquedin novo aê gente XD) não deixarão que a população seja dominada pelos Kilobots, junto de Érika e a Gangue dos Malucos (ahn… Não sobrou mais ninguém mesmo na série T-T).
Ah sim… Aparece um novo moleque, que esconde a sua identidade e possui um medabot chamado Rocks (uma reciclagem de Rokusho). Os defensores dos Kilobots não seguem regra alguma da Confederação Internacional de Cyberlutas, dificultando ainda mais a vida do fedelho com o nome do irmão do Shun.
Medabots no Brasil
Antes de chegar por terras brasileiras, Medabots fez um pit-stop na canadense Nelvana, onde teve alteração na trilha sonora e mudanças de alguns nomes na primeira fase (é, pensou que só estadunidenses faziam isso? Se bem que até nós fazemos isso de vez enquando…). Algumas adaptações no texto acabaram matando o sentindo de alguns acontecimentos importantes no decorrer da série (tipo, o Henry é quem diz pro Ikki que o medabot novo dele se chama Metabee. Na versão da Nelvana, o Ikki é quem deu o nome pro enlatado. E daí? Bem… Descobrimos depois que o Metabee já foi do Henry, durante “Os 10 Dias de Escuridão”!).
Na segunda metade da série (depois do episódio 26) poucas coisas sofreram mudanças, inclusive as placas com os diagramas japoneses foram todas mantidas, exceto quando aparecia o logo original do anime durante os episódios. Já em Spirits, as traduções de diagramas voltaram, com poucas exceções.
Trazido em 2001 pela Fox Films (que também nos trouxe Patlabor e o medonho Auto Pista), os primeiros 26 episódios foram mais reprisados na Fox Kids do que os primeiros 52 episódios de Naruto no SBT! No ano seguinte, com a chegada do restante dos episódios e mais tarde a fase Spirits (que apareceu no canal sem aviso algum!), Medabots se tornou uma das séries de maior tempo de permanência no ar na grade do canal. Os primeiros 26 episódios também foram, à exaustão, exibidos na TV Globinho, tanto diária quanto a de sábado. Já o restante do primeiro ano tiveram poucas exibições sem divulgação alguma no fim de semana. Spirits permanece inédito na TV aberta – se bem que nem faz falta :P.
Produtos não deixaram de serem lançados. Bonequinhos caríssimos a la “Cavaleiros do Zodíaco” (com a “armadura” removível) e versão pequena pra pobre com um card e uma bateriazinha que eu nunca descobri pra que servia encalharam nas lojas. Acessórios, chicletes, revista-oficial pela Abril (que durou pouco), revistecas pra colorir, revista-pôster (tudo pela Abril) e a coisa mais bizarra já feita neste mundo: o mangá da série! Com arte de um tal de Horumarin, o troço parecia ser desenhado por uma criança de 4 anos retardada (Shin-chan é uma obra prima perto daquilo @_@) e obviamente durou bem pouco devido o encalhe (o bagulho chegou a vir de brinde para assinantes de outras revistas pra limpar o estoque…). O original teve mais de 10 volumes em tankohon e aqui mal chegou ao 4º. Prova de que as vendas foram bem fraquinhas…
Dois volumes, bem pobres, saíram em DVD pela Rexmore, com uma única opção de áudio e dois míseros episódios por disco. As capinhas são legais pelo menos XD. Antes disso, 4 fitas contendo um mísero episódio, cada, também foram postas no mercado.
A dublagem feita pela Master Sound conseguiu reunir um bom elenco de dubladores e a escalação ficou bacana. Metabee, por exemplo, teve a voz do Goku e Wendel Bezerra encarnou perfeitamente a personalidade do robozinho. Só que alguns tropeços ocorreram a partir do episódio 27, com a troca assustadora de vozes (na Samantha e Sumilidon). Em Spirits, as placas que já tinham sido transferidas para o inglês pela Nelvana e as originais japas que restaram, receberam uma legenda de tradução. A ridícula e grudenta abertura abertura ocidental ficou imortalizada na voz manjada de Nil Bernardes (Medaboooooooots, transporte Metabee, Metabee…).
No mais, Medabots não conseguiu ser o clone de Pokémon preferido pela galera no Brasil, ainda que se destacasse dentre outros (como aquele troncho Monster Rancher ou o ridículo Flint) por conta do humor escrachado que faz falta em produções do gênero e dá um pouco de saco pra fazer você perder tempo assistindo o anime. No fim, a sére apenas revigora a tão marcante frase de Chacrinha: “Na tv nada se cria, tudo se copia”…
Checklist episódios
Primeira fase

01 – Picado por um Metabee.
02 – O retorno dos Malucos.
03 – Correndo apavorado.
04 – O lendário medalutador.
05 – O velho e o monstro do mar.
06 – O fantasma ladrão.
07 – Cyandog contra-ataca.
08 – Aconteça o que acontecer. – Parte 1
09 – Aconteça o que acontecer. – Parte 2
10 – Misterioso Medabot.
11 – Fantasma Renegado desmascarado!
12 – Os Medabots devem ser banidos!
13 – Conheça o seu inventor.
14 – O espião que me desafiou.
15 – Sonhos de um Medabot.
16 – Metabee versus Rokusho.
17 – Use a Medaforça!
18 – 15 minutos de vergonha.
19 – E chega Rintaro.
20 – O ás que brilha do espaço.
21 – Eu e minha espada de sombra.
22 – Cara, cadê minha mãe?
23 – Medidas extremas!
24 – A estrada para as ruínas.
25 – Besouro-mania.
26 – A maior das Cyberlutas.
27 – Medalutadores espaciais.
28 – Ninguém em casa.
29 – Amar ou lutar?
30 – Bem-vindo ao mundo Ninja!
31 – Comida, bebida, homem, Medabot.
32 – Quem vai ficar com a senhorita Mimosa?
33 – Os pingüins e os Metabees.
34 – Pra cima, a todo o vapor!
35 – Dança com Louva-deus.
36 – Amor à primeira mordida.
37 – Gato escaldado tem medo de água gelada.
38 – Medalha da pesada.
39 – Pontes sobre o confuso Squidguts.
40 – Que comecem os medajogos!
41 – A menina e os piratas.
42 – O golpe francês.
43 – Medabailarina espacial X.
44 – O fogo sueco .
45 – O futuro é o passado.
46 – A medaforça interna.
47 – Um encontro com o destino.
48 – A bonança antes da tempestade.
49 – Deixando o Victor sem vitória!
50 – Estados alterados.
51 – Acordando para um sonho.
52 – A última vitória de Metabee.
Medabots Spirits
01 – Surgem os Kilobots.
02 – Tentação de lutar.
05 – O furo do século.
06 – Zumbis roubados.
07 – Luz, câmera… Cyberluta!
08 – Aliança do mal. Parte I
09 – Aliança do mal. Parte II
10 – Redrun ataca!
12 – A experiência fora do corpo do Metabee.
13 – Uma noite no ferro-velho dos Medabots.
14 – Sempre um medalutador. Parte I
15 – Sempre um medalutador. Parte II
16 – O grande vôo.
17 – A agonia da cola.
18 – É como os medalutadores fazem.
19 – Golpe baixo – Parte I
20 – Golpe baixo – Parte II
21 – Medalutador misterioso desmascarado.
22 – A verdade sobre Charlie.
23 – A volta de Roks.
24 – Eu, Kilobot.
25 – Obrigado pelas lembranças.
26 – Como o Spyke definiu seu estilo.
27 – A maratona Medabot.
28 – Kung Fu pra ajudar.
29 – Erika, a salvadora.
30 – Um gata da pesada.
31 – Meda-forçado.
32 – Pobrezinha da senhorita Nae…
33 – O medalutador misterioso… Se revevela
34 – O vencedor leva tudo
35 – Confusão e transfusão.
36 – Gryphon.
37 – Despedidas finais.
38 – No fogo.

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